Drogas

Segundo a organização mundial de saúde (OMS), droga é qualquer substância que, introduzida no organismo, interfere no seu funcionamento. Consequentemente, tanto é droga a maconha tão quanto a aspirina e o antibiótico; tanto o álcool quanto a cocaína; tanto o cigarro quanto LSD; tanto o cafezinho quanto o lança perfume. O que varia é como atua no organismo de cada indivíduo, bem como a finalidade e se é usada de modo abusivo, já que, quando a droga é empregada com finalidade terapêutica, em doses adequadas, ela passa a denominar-se medicamento. Portanto, todo medicamento é droga, mas nem toda droga é medicamento.

Como identificar um usuário:

“De perto, talvez ninguém seja normal”. Por outro lado, de perto, de muito perto, talvez o diabo não seja tão feio quanto se pinta. “O difícil é olhar de perto; afinal a exclusão esconde o insuportável”.

Bem, o que estamos querendo dizer com tudo isso? Que antes de identificarmos um usuário, ou a droga que ele possa estar usando em forma abusiva, seria fundamental entendermos o ser humano, como ele pensa o que ele sente o que deseja, o que o preocupa. Sem julgamentos precipitados, sem preconceitos, sem medo. Tarefa fácil? Não. Pois como disse Andrade: “O difícil é olhar de perto…”. Missão impossível? Também, não. Precisamos Ter apenas a consciência de que ao olhar para o outro, estaremos olhando para nós mesmos, para aquilo que mais intimamente, dentro de nós, procuramos evitar um contato.

O Reflexo da dependência:

É fácil injetar heroína, aspirar cocaína, fumar um “baseado”, ingerir bebidas alcoólicas, cada vez que temos aborrecimentos com os outros, cada vez que as injustiças ou os compromissos nos contrariam, cada vez que temos sentimentos de angústia, por isso torna-se um reflexo, como o cigarro que alguns acendem automaticamente a todo o momento, para acalmar seus nervos. A dependência a um produto nasce quase sempre da dificuldade em suportar os aborrecimentos. A necessidade de continuar a consumir é a dependência, que pode ser psíquica ou física. A dependência psíquica: é no interior da cabeça que se situa o desejo de recomeçar. Ela obriga o indivíduo a consumir um produto de forma contínua ou periódica, a fim de tornar a sentir prazer, ou simplesmente como fuga. A dependência física traduz um estado de adaptação biológica das drogas que se manifestam por problemas imensos quando se suspende o uso. A tolerância implica no fato do indivíduo habituar-se às doses. Ele terá então necessidade de aumentar essas doses para obter o mesmo efeito obtido antes com doses menores. A dose letal, entretanto, não se eleva. Ao aumentar a dose de consumo, o indivíduo poderá atingir sua dose letal e chegar à morte. Entre os riscos da fármaco-dependência está a “Overdose”.

O tema ainda torna-se mais importante quando o usuário de drogas, em seu âmbito profissional, pode afetar diretamente a terceiros, colocando as suas vidas em risco.

Prevenção às drogas:

A Prevenção ao uso Indevido de drogas Significa uma pré-intervenção, ou seja, uma intervenção a ser efetivada antes que determinado fenômeno ocorra. É importante enfatizar a falta de sentido que existe em se falar de prevenção de droga, uma vez que drogas não são previsíveis. As drogas são apenas substâncias psicoativas naturais ou sintéticas, que podem ser utilizadas pelo homem com diferentes finalidades. Não podemos dar a uma determinada droga umas conotações de algo boas ou ruins, assim não podem considerar uma droga em si como algo destrutivo ou criativo. O que vai poder ser destrutivo ou criativo é a maneira pela qual o homem se relaciona com a droga, independente do produto químico em questão.

Dessa forma, com todos esses pontos levantados, é uma preocupação da sociedade através de seus governos, através de suas agências e secretarias, o estabelecimento de políticas de prevenção ao uso de drogas em atenção aos princípios de saúde publica.

Um dos pontos dessas políticas seria o controle regulamentado do abuso através de analises químicas para identificação dos princípios ativos que constituem as drogas em amostras recolhidas dos eventuais usuários.

Agencia Nacional de Aviação Civil (ANAC) e as drogas:

Um exemplo da demonstração dessa preocupação foi em 1944, quando vários países, incluindo o Brasil, assinaram a Convenção Internacional de Aviação Civil (CIAC), com o objetivo de que a aviação civil internacional se desenvolvesse de maneira segura e sistemática, e que os serviços de transporte aéreo internacional, se estabelecessem numa base de igualdade de oportunidades e funcionassem eficaz e economicamente.

Dessa forma, insere-se dentre os objetivos da Agência Nacional de Aviação Civil-ANAC a uniformização da regulamentação, de modo que esta dê o suporte necessário para que sejam cumpridas as atribuições previstas na CIAC e para que se atenda às normas nacionais e internacionais relacionadas à aviação civil, no âmbito de sua competência.

Especialmente, quanto à elaboração de nova regulamentação destinada à implantação de um programa de prevenção do uso indevido de substâncias psicoativas por empregados em funções sensíveis à segurança operacional cabe a ANAC regular e fiscalizar as medidas a serem adotadas pelas empresas prestadoras de serviços aéreos, e exploradoras de infra-estrutura aeroportuária, para prevenção quanto ao uso por seus tripulantes ou pessoal técnico de manutenção e operação que tenha acesso às aeronaves, de substâncias entorpecentes ou psicotrópicas, que possam determinar dependência física ou psíquica, permanente ou transitória”.

Com base no exposto a Agencia Nacional de Aviação Civil do Brasil elaborou o Regulamento Brasileiro de Aviação Civil número 120 (RBAC-120). E nele está estabelecida os procedimentos necessários e mandatórios a serem implementados pelas empresas prestadoras de serviços aéreos, e exploradores de infra-estrutura aeroportuária – com seus próprios meios e para empregados em atividades de risco à segurança operacional – de programas destinados à prevenção da utilização indevida de substâncias psicoativas nas prestadoras de serviços de aviação civil, para que permita a ANAC exercer as suas atribuições de modo efetivo.

Este controle será alcançado com o estabelecimento do SUBPROGRAMA DE EXAMES TOXICOLÓGICOS DE SUBSTÂNCIAS ATIVAS através e principalmente pelo efeito inibitório decorrente da realização de um número mínimo anual (percentual mínimo sobre as atividades aplicáveis) de exames toxicológicos aleatórios. Esses referidos exames poderão ser realizados em dois modos, em forma de triagem e confirmação.

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